sábado, 29 de setembro de 2012

Aula passeio - Museu Sacaca

A aula passeio foi no Centro de Pesquisas Museológicas  conhecido como Museu Sacaca.

 As professoras Goteth Monteiro (Oficina de Trabalho) e Jacy Costa (Oficina Instrumental e Tecnológica) agendaram dia e hora para viver um pouco desta aprendizagem diferenciada com os alunos da 6ª série do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio Inovador ao Centro de Pesquisas Museológicas  conhecido como Museu Sacaca.

Estrutura física: Com uma área de 20 mil metros quadrados, espaço verde. O Museu Sacaca, subordinado ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), foi inaugurado no ano de 1997 sob a denominação de Museus do Iepa. Em 1999 foi rebatizado com o nome de “Sacaca”, em homenagem ao mestre da cultura popular, entendedor das plantas amazônicas, Raimundo dos Santos Souza, que era conhecido por todos como Sacaca.  


Quem foi  “Sacaca”?
O nome do museu é uma homenagem a Raimundo dos Santos Souza, mais conhecido como "Sacaca", curandeiro local de grande importância para a difusão da medicina natural junto à população amapaense. Nascido em 21/08/1926, casado com dona Madalena Souza, a primeira Miss Amapá, foi pai de 12 filhos.
Residente do bairro do Laguinho, sempre atendeu aos moradores com sua medicina fitoterápica, conhecimentos estes adquiridos com os pais e aprimorados com estudos de pesquisadores internacionais. Discípulo do cientista Waldemiro de Oliveira Gomes, com quem trabalhou no Laboratório Químico do Território Federal do Amapá e no Museu Industrial. Partiu em 1999, quando o Museu recebeu seu nome.              
(Texto de Hellen Cortezolli - da SECOM, publicado no jornal institucional do GEA PARTICIPAÇÃO - Ano I - Nº 08 - de distribuição gratuita e circulação em Outubro de 2011).

lei federal 10639/03

Até recentemente, o ensino da História do Brasil refletia um saber histórico com forte tendência eurocêntrica, mantendo em segundo plano o estudo da África e do papel dos africanos e seus descendentes na construção da sociedade e da cultura brasileira. A África e os afrodescendentes só participaram da história ensinada nas escolas quando submetido ao poder econômico e político europeu. Assim, perdia-se a uma grande chance de discutir nas escolas a questão das origens históricas do preconceito contra os afrodescendentes – vítimas antigas da discriminação por causa da cor, da origem, da ancestralidade escravizada e negligenciava-se a participação dos africanos e seus descendentes no processo da construção da sociedade brasileira.(...)
(...)Entre as conquistas: Lei Federal 10639/03- que inclui no ensino a obrigatoriedade da temática: História e Cultura Afrobrasileira, posteriormente foi alterada pela Lei Federal 11.645/08 que acrescentou o ensino da História Indígena passando a ser obrigatória a temática: “História e Cultura Afrobrasileira e Indígena” no Ensino Básico.(...) Trecho extraído do Manual Pedagógico. História .Ensino Médio. Volume 1.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

menina bnita do laço de fita.

Menina Bonita do Laço de Fita

Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...

[de Ana Maria Machado.